Regional Anaesthesia
PONTOS-CHAVE
- O bloqueio infraclavicular do plexo braquial guiado por ultrassom pode fornecer analgesia e anestesia excelentes para cirurgia abaixo do terço médio do úmero, cotovelo, antebraço, punho e mão.
- O plexo braquial infraclavicular tem uma sonoanatomia reconhecível, uma alta taxa de sucesso, e baixo risco de paralisia do nervo frênico. A identificação da artéria axilar é o marco chave na realização deste bloqueio.
- A abordagem clássica pode ser desafiadora por causa da área bastante estreita entre a sonda e a clavícula, e pode exigir um ângulo íngreme no ponto de inserção.
- O bloqueio infraclavicular é muito adequado tanto para uma técnica de injeção única quanto para uma técnica de cateter.
- A posição infraclavicular proporciona uma colocação bem ancorada do cateter para uma infusão anestésica local contínua em comparação ao bloqueio supraclavicular e axilar do plexo braquial.
INTRODUÇÃO
O bloqueio infraclavicular do plexo braquial (BICPB) é usado para fornecer anestesia e analgesia para cirurgia distal do braço superior, cotovelo, antebraço e mão. Tradicionalmente, uma combinação de marcos anatômicos e técnicas de estimulação nervosa tem sido favorecida.1-4 O uso de ultrassom (US) agrega informações valiosas como visualização da ponta da agulha e observação em tempo real do injetado ao redor dos nervos.5 O US também reduz o risco de eventos adversos tais como uma injeção intravascular acidental e trauma a estruturas circundantes.6 Como agora há ampla disponibilidade de máquinas de US de alta qualidade, o seu uso se tornou uma prática padrão quando se realiza um BICPB.7,8 A realização de um BICPB pode ser desafiadora, e exige técnicas e treinamentos específicos para permitir uma realização ideal e segura do bloqueio.
A Anatomia e Sonoanatomia para o BICPB
Os ramos anteriores dos nervos espinhais C5-T1 é a origem da inervação do membro superior. As raízes desses nervos formam 3 troncos, dividem-se em 6 divisões, e depois se reúnem em 3 fascículos, que, finalmente, forma os ramos terminais do plexo braquial. Esses ramos terminais são os nervos musculocutâneo, axilar, mediano, ulnar e radial (Figura 1). As divisões do plexo braquial viajam lateralmente a partir do triângulo posterior do pescoço em direção à axila. Na axila, as divisões se unem para formar 3 fascículos distintos: os fascículos medial, lateral e posterior. Os fascículos do plexo braquial estão localizados abaixo da clavícula e são nomeados de acordo com a sua relação com a artéria axilar (Figura 1). Uma ampla variação é observada com a posição dos fascículos e sua relação com a artéria axilar, o que pode tornar desafiadora a identificação deles (Figura 2).
As relações anatômicas do plexo braquial nesta localização são os músculos peitorais maior e menor anteriormente, o músculo subescapular posteriormente, a clavícula e o processo coracoide superiormente, as costelas e os músculos intercostais medialmente, e o úmero lateralmente. A localização dos fascículos do plexo braquial é mais profunda a partir da pele (4 cm) em comparação com o plexo braquial em outros locais.
O bloqueio do plexo braquial imediatamente abaixo da clavícula ao nível dos fascículos é conhecido como BICPB. Os fascículos estão localizados ao redor da artéria axilar (Figura 3), que é a estrutura chave a ser identificada ao se realizar este bloqueio.
INDICAÇÕES, CONTRAINDICAÇÕES E COMPLICAÇÕES
INDICAÇÕES
O BICPB fornece anestesia e analgesia do terço médio do úmero, cotovelo, antebraço e mão. O BICPB é uma abordagem alternativa para se anestesiar o plexo braquial e é vantajoso em pacientes com mobilidade limitada do membro superior, como visto em trauma agudo, deformidade de membro ou artropatia avançada do ombro.
A realização do BICPB é segura e efetiva e pode oferecer várias vantagens em relação a outras abordagens ao plexo braquial (p. ex.: bloqueio Interescalênico, supraclavicular e axilar do plexo braquial)1:
- O BICPB pode fornecer um bloqueio mais confiável do nervo ulnar do que abordagens mais proximais, com menos episódios de paralisia do nervo frênico, pneumotórax e síndrome de Horner.1
- O BICPB pode ser considerado em pacientes incapazes de fazer a abdução do braço ipsilateral a fim de realizar um bloqueio axilar do plexo braquial.
- Os nervos musculocutâneo, axilar e mediano do antebraço deixam o plexo braquial proximalmente, o que pode exigir vários redirecionamentos da agulha para bloquear esses nervos ao se realizar um bloqueio axilar do plexo braquial. Isso é evitado quando um BICPB é realizado, porque ele pode ser feito com uma única passagem de agulha.3 Cada passagem ou redirecionamento de agulha acrescenta tempo e risco de contato com o nervo ao procedimento.4
- O uso de US para visualizar a distribuição de anestésico local (AL) durante um BICPB é comum e relata-se que resulta em uma realização mais rápida do bloqueio e uma alta taxa de sucesso.5-8
Critérios anatomicamente vantajosos para se realizar um BICPB são uma região peitoral estreita e clavícula não-deformada.
Contraindicações
V. Tabela 1 para contraindicações absolutas e relativas.
Complicações
V. Tabela 2 para complicações genéricas e específicas.
Técnicas de BICPB guiado por US
Várias abordagens para se realizar o BICPB foram descritas.1-4 Elas incluem a abordagem infraclavicular “clássica” (Figura 4) e a abordagem retroclavicular para a região infraclavicular (ARCRIC; Figura 5).
REALIZANDO UM BICPB
Equipamentos Exigidos
- Máquina de US com transdutor linear (8-14 MHz)
- Um kit de bloqueio nervoso com capa estéril para sonda, gel, luvas estéreis e máscara facial
- Campo cirúrgico estéril transparente (opcional)
- Agulha isolada para bloqueio de nervo estimulador de 8 cm ou 10 cm, 21G ou 22G
- Estimulador de nervo periférico (opcional)
- Sistema de monitoramento de pressão de injeção (opcional)
- 20-40 ml de AL*
- 5 ml de lidocaína 2% para anestesia da pele
* Os autores recomendam seguir as diretrizes do hospital local acerca dos volumes de AL. Adote a dose máxima de AL calculada para cada paciente. Os médicos devem estar familiarizados com o reconhecimento e manejo da toxicidade sistêmica do AL.
O volume administrado para o BICPB na instituição dos autores é 30ml de 0,375% levobupivacaína.
Obs.: Usar um sistema de monitoramento de pressão ao se injetar o AL pode ajudar na detecção da posição intraneural da ponta da agulha.10 A literatura sugere que uma pressão de injeção de abertura maior que 15 libras por polegada quadrada durante o bloqueio do nervo pode indicar contato agulha-nervo e causar dano neural.10 Os autores deste tutorial usam técnicas de monitoramento triplas para o BICPB, compostas de US, estimulação nervosa e pressão de injeção de abertura.
Posicionamento do Paciente
O paciente deve ser colocado em decúbito dorsal, com a cabeça virada na direção do ombro contralateral. Garanta que uma cânula intravenosa em funcionamento seja colocada, e aplique todos os padrões de monitoramento conforme descritos pela Associação de Anestesistas da Grã-Bretanha e Irlanda.11 Uma varredura inicial da área permitirá a identificação de variação anatômica e tempo para planejar o BICPB para pacientes.
Há duas abordagens de configuração principais para se realizar o bloqueio, que podem ser classificadas de acordo com a posição da máquina de ultrassom:
- “Do lado oposto ao do operador”: Nesta configuração, a máquina de US é colocada no lado contralateral a ser bloqueado, do lado oposto ao do operador (Figura 6).
- “Ao lado do operador”: Nesta configuração, a máquina de US fica do mesmo lado do operador para permitir o uso da mão dominante para o manejo da agulha.
Na nossa instituição, preferimos a configuração “do lado oposto ao do operador” para realizar o bloqueio. O operador deve considerar a ergonomia da realização do bloqueio, que, nessa posição, não exige que o operador vire sua cabeça para obter uma visão adequada da tela. Garanta que a altura do leito e a posição do paciente estejam otimizadas (Figura 6).
Preparação
Antes de qualquer instrumentação do paciente, realize uma verificação de segurança cirúrgica da Organização Mundial da Saúde e uma lista de verificação “para antes de bloquear”, para reduzir os riscos de um bloqueio no local errado.11-12
Garanta que o consentimento seja obtido, bem como a documentação de uma discussão detalhada de todos os riscos e benefícios pertinentes ao BICPB para cada paciente. Identifique quaisquer contraindicações à realização de um BICPB.
Realizando o Bloqueio
A estrutura anatômica chave para a ser visualizada quando se realizar um BICPB guiado por US é a artéria axilar (Figura 3). Ela fica posterior aos músculos peitorais maior e menor. O fascículo lateral geralmente fica superior à artéria axilar, e os fascículos posterior e medial ficam posterior e inferiormente à artéria axilar, respectivamente (Figura 5).
Orientar-se em relação à sonoanatomia e ao posicionamento da sonda é importante. Os autores usam as seguintes orientações da sonda para a imagem de US: na tela do US, com um BICPB do lado esquerdo, o tipo da tela é superficial/anterior, e a parte de baixo da tela é posterior; o lado direito da tela é cefálico, e o lado esquerdo da tela é caudal (Figuras 6 e 7).
O BICPB é um bloqueio perivascular; portanto, o objetivo é entregar o AL ao redor de 2 áreas-alvo. Essas áreas-alvo ficam perto do fascículo lateral, e dos fascículos medial e posterior, respectivamente (Figura 8).
- Limpe e esterilize a área infraclavicular conforme o protocolo do departamento local.
- Coloque o transdutor abaixo da clavícula, medial ao processo coracoide com a sonda posicionada de maneira parassagital (Figura 6).
- Identifique a artéria axilar, que fica posterior aos músculos peitoral maior e peitoral menor. A artéria axilar é tipicamente localizada a uma profundidade de 3 a 4,5 cm; É vista como uma estrutura escura, redonda, pulsante, com uma parede hiperecoicas (Figura 3). A veia axilar fica ao lado da artéria (medial e inferiormente), e cede muito facilmente com compressão. Portanto, deve-se prestar atenção adicional à veia para evitar a perfuração acidental do vaso sanguíneo.
- Uma combinação de Doppler bidimensional e colorido permitirá a identificação da anatomia arterial e venosa e confirmará sua posição.
- Lembre-se que o plexo braquial na região infraclavicular é mais profundo em comparação com outros locais (4 cm), e a localização dos fascículos ao redor da artéria axilar pode variar significativamente (Figura 2).
- A artéria axilar é cercada por 3 fascículos circulares hiperecoicos do plexo braquial: os fascículos lateral, posterior e medial. Eles têm a aparência de um favo de mel.
- O fascículo lateral geralmente fica superior (cranial) à artéria axilar, e os fascículos posterior e medial ficam posterior e inferiormente (cefálico) à artéria axilar, respectivamente (Figuras 3 e 4).
- Coloque 2 ml de lidocaína 1% a 2% por via subcutanea antes da colocação da agulha do bloqueio.
- Reconfirme a sonoanatomia com US e ancore a sonda colocando sua mão no tronco do paciente.
- Usando uma técnica de agulha no plano, de cefálico a caudal, visualize a agulha durante toda a realização do bloqueio.
- Coloque a agulha inferior à clavícula e direcione a agulha inferiormente em direção ao aspecto posterior da artéria axilar. A pele, o tecido subcutâneo, os músculos peitoral maior e peitoral menor são penetrados no trajeto até o plexo infraclavicular (Figura 7).
- O ângulo de aproximação é muito agudo, o que requer que a direção da agulha seja bastante íngreme. Isso fará a visualização simultânea da agulha e da anatomia circundante algo desafiador. Uma manobra de “calcanhar para dentro” (como descrita abaixo) pode ajudar a melhorar a visão e permitir mais espaço na pele abaixo da clavícula para inserir a agulha (Figura 9).
- Conforme a agulha avança sob orientação do US, com um estimulador nervoso conectado a uma corrente de estimulação de 0,5 mA a 1 mA a 0,1 segundo, a resposta motora do fascículo lateral manifestar-se-á como flexão do cotovelo ou dedo. Reduzir a corrente de estimulação a 0,2 mA sem manifestações motoras da resposta do fascículo lateral sugere que seja seguro começar a injeção de AL neste local.
- O avanço adicional da agulha posteriormente gerará uma resposta motora do fascículo posterior, manifestado com uma extensão do dedo ou punho. Reduzir a corrente de estimulação a 0,2 mA sem manifestações motoras da resposta do fascículo posterior sugere que seja seguro começar a injeção de AL neste local.
- Uma abordagem sugerida seria injetar o AL (2/3 do volume) posterior à artéria axilar ao redor dos fascículos posterior e medial (os fascículos mais profundos) e redirecionar a agulha em direção ao fascículo lateral (mais superficial) durante a retração da agulha e injetar o AL restante (1/3 do volume). O objetivo é atingir a distribuição desejada em forma de um crescente em “U” ao redor da artéria (Figura 8).
- Deposite o AL em pequenas porções de 5ml seguidas de aspiração para diminuir o risco de injeção intravascular.
Obs.:
A manobra “calcanhar para dentro” consiste no seguinte: na sonda US, a ponta caudal do transdutor é chamada “calcanhar”, e a ponta caudal é chamada “dedão”. Pressionar apenas o “calcanhar” do transdutor profundamente contra o paciente, ao invés do “dedão”, é útil para mudar a imagem US da agulha e melhora a visualização. Também ajuda ao fornecer mais área de pele para a entrada da agulha para o bloqueio (Figura 9). Esteja ciente de que um ângulo íngreme pode aumentar o risco de perfuração pleural e pneumotórax, pois a visibilizada da ponta da agulha fica reduzida à medida que ela se aprofunda.
DICAS PARA REALIZAR O BICPB
- Esteja ciente do aprimoramento acústico da artéria axilar posteriormente. Isso pode resultar em uma interpretação equivocada da posição do fascículo posterior.
- A visualização melhorara do fascículo pode ser alcançada quando o braço do(a) paciente está em abdução de 90°. Isso permitirá um movimento superior da articulação acromioclavicular e reduzirá a profundidade do plexo a partir da pele (isso deixará o plexo mais superficial e auxiliará a trajetória da agulha; Figuras 7 e 8).
- Deve-se considerar o uso de uma sonda de matriz curvada se a localização do plexo for mais profunda que 5 cm.
- O uso de um estimulador nervoso com US pode ajudar com a realização do bloqueio.
- Usar uma agulha ecogênica ajudará a visualização da ponta da agulha.
Técnicas Alternativas para BICPB guiado por US
A ARCRIC uma posição de sonda de US semelhante à da técnica clássica. O ponto de inserção da agulha, contudo, fica acima do músculo trapézio posteriormente. Esta abordagem permite que a agulha passe entre a escápula e a clavícula em direção à artéria axilar13,14 (Figures 5 e 10).
Com o(a) paciente em decúbito dorsal, a sonda é colocada em uma posição parassagital abaixo da clavícula, como descrito acima. Localize a artéria axilar conforme ela sai debaixo da clavícula. A agulha do bloqueio é colocada a 2cm posterior à clavícula e em um ângulo paralelo com a sonda. Uma “zona cega” é localizada abaixo da clavícula. A agulha não é visualizada nesta zona por 2 a 3 cm (Figura 10).
O benefício da ARCRIC em relação ao BICPB clássico é a melhor visualização da agulha mais perto dos fascículos. Há risco de lesão ao feixe neurovascular supraescapular e ao fascículo posterior, e risco de causar um pneumotórax, que se postula ser inferior do que com a abordagem parassagital tradicional.13,14 As Contraindicações à ARCRIC incluem pescoço curto, qualquer deformação clavicular, e músculos peitorais proeminentes. Deve-se observar que o bloqueio do nervo musculocutâneo pode ser muito difícil de se conseguir com a ARCRIC. A ARCRIC não requer que o(a) paciente faça a abdução do braço. Se for tecnicamente difícil realizar o BICPB no sulco infraclavicular, deve-se considerar realizar a ARCRIC.
BICPB CONTÍNUO
A fossa infraclavicular é um local ideal para a colocação de um cateter para analgesia pós-operatória contínua do cotovelo, antebraço, punho e mão. A musculatura da parede torácica prende o cateter. A profundidade do BICPB (4 cm) geralmente evita seu deslocamento.
Realizar um BICPB contínuo envolve 3 passos: (1) posicionamento da agulha, (2) colocação do cateter, e (3) prender o cateter. O cateter é colocado sob direcionamento direto por US. Semelhante à técnica de injeção única, como descrita neste tutorial, a ponta da agulha deve ser colocada posterior à artéria axilar e, portanto, o cateter idealmente localizado abaixo da artéria axilar. A hidrodissecção com AL ou solução salina normal (0,9% de NaCL) antes do avanço do cateter pode ajudar com a introdução do cateter. Na nossa instituição, confirmamos a posição da ponta do cateter observando a dispersão posterior do LA ou 0,9% de NaCL ao redor da artéria axilar. Isso também pode ser feito por estimulação nervosa do fascículo posterior.
É importante garantir a estabilidade da agulha durante o avanço do cateter. Apoiar a mão da agulha contra o tórax do(a) paciente fornecerá estabilidade adicional e pode ajudar a evitar a migração acidental da ponta da agulha. O local ideal da ponta do cateter é a 2- 3 cm da ponta da agulha. Isso permitirá que o cateter fique próximo dos fascículos posterior e medial, e facilitará a dispersão do AL ao redor dos fascículos. Um regime típico de infusão de AL usado na instituição dos autores é 5 ml de levobupivacaína 0,125% por hora. Um bolus de 5 ml controlado pelo(a) paciente pode ser realizado com um intervalo de travamento de 60 minutos. O cateter deve ser fixado à pele com um material adesivo apropriado ou inserido abaixo do tecido subcutâneo. O cateter fica preso usando-se um adesivo transparente na parede torácica anterior para evitar seu deslocamento.
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