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AUTO-AVALIAÇÃO
Assinale verdadeiro (V) ou falso (F) antes de cada afirmativa:
- O maior componente da cal sodada é:
- ( ) Hidróxido de sódio
- ( ) Cloreto de cálcio
- ( ) Hidróxido de cálcio
- ( ) Água
- ( ) Hidróxido de potássio
- Anestésico inalatório que em reação com o absorvedor pode produzir fogo:
- ( ) Sevoflurano
- ( ) Enflurano
- ( ) Isoflurano
- ( ) Desflurano
- ( ) Halotano
- Sinais clínicos de que a capacidade absortiva da cal sodada esgotou-se:
- ( ) Taquicardia
- ( ) Hipertensão
- ( ) Aumento de atividade parasimpática
- ( ) Acidose metabólica
- ( ) Aumento do sangramento
- A formação de monóxido de carbono resultante da interação dos anestésicos inalatórios com o material absorvente:
- ( ) É maior com o halotano
- ( ) Ocorre devido ao ressecamento do material
- ( ) Pode interferir com a oximetria de pulso
- ( ) Baixo fluxo de gás diminui a formação
- ( ) Alta temperatura aumenta a formação
- Aumentam a formação de composto A:
- ( ) Baixo fluxo de gás
- ( ) Cal sodada
- ( ) Circuito fechado
- ( ) Halotano
- ( ) Alta temperatura do absorvedor
SUMÁRIO
Introdução
Tipos de absorvedores
Reações químicas
Capacidade absortiva
Interações com os anestésicos inalatórios
Referências
INTRODUÇÃO
Quando utilizamos circuitos de respiração fechados ou semi-fechados em anestesia, temos que utilizar algum sistema que absorva o gás carbônico que é gerado.
Temos algumas características que são tidas como ideais para os absorvedores de CO2:
- Pouca reatividade com os agentes inalatórios.
- Baixa toxicidade.
- Baixa resistência ao fluxo de ar.
- Baixo custo.
- Fácil manuseio.
- Absorção eficiente.
TIPOS DE ABSORVEDORES
Temos 3 tipos principais que são: cal sodada, cal baritada, cal de hidróxido de cálcio.
Cal sodada:
Tem como composição:
- 80% de hidróxido de cálcio.
- 15% de água.
- 4% de hidróxido de sódio
- 1% de hidróxido de potássio, como ativador
Tamanho granular da cal sodada e da baritada deve estar entre 4 e 8 Mesh, pois assim temos uma área absortiva e uma resistência ao fluxo otimizadas.
Cal baritada:
Em sua composição temos:
- 20% de hidróxido de bário.
- 80% de hidróxido de cálcio.
Esse tipo de absorvedor está em desuso pois é o mais relacionado a problemas, entre eles produção de fogo nos sistemas de respiração em reação com o sevoflurano.
Cal de hidróxido de cálcio:
Em sua composição encontramos:
- Hidróxido de cálcio.
- Cloreto de cálcio.
Tem como vantagens em relação as outras duas:
- Não tem produção de monóxido de carbono.
- Não tem produção de composto A
Tem como desvantagens:
- Menor capacidade de absorção, sendo cerca de 50% menor.
- Custo maior.
REAÇÕES QUÍMICAS:
A absorção de dióxido de carbono pelos absorvedores é uma reação química.
Cal sodada:
O CO₂ une-se a água e forma ácido carbônico, que reage com os hidróxidos e forma carbonato de sódio ou de potássio e água. O hidróxido de cálcio reage com o carbonato para formar carbonato de cálcio e hidróxido de sódio ou de potássio. As seguintes equações representam o processo:
CO₂ + H₂O DD H₂CO₃
H₂CO₃ + 2NaOH(KOH) DD Na₂CO₃(K₂CO3) + 2H₂O + calor
Na₂CO₃(K₂CO₃) + Ca(OH)₂ DD CaCO₃ + 2NaOH(KOH).
CAPACIDADE ABSORTIVA:
A capacidade absortiva máxima é de 26 litros de CO₂ por 100 gramas de substância absorvente, isso para a cal sodada. Porém, podemos ter a formação de canais entre os grânulos, onde os gases passam sem serem filtrados e isso diminui a capacidade de absorção.
Já a capacidade absortiva da cal de hidróxido de cálcio é menor, sendo de 10.2 litros por cada 100 gramas.
Indicadores da integridade do absorvedor:
Para checar a integridade do absorvedor, é adicionado um corante, o qual muda a cor do absorvedor quando é atingido um pH crítico. Violeta de etila é adicionado tanto na cal sodada, quanto na baritada. Quando a cal já está no seu limite de absorção, o pH dela fica abaixo de 10.3 e então a cor da cal muda de branca para violeta porque ocorre desidratação, o que indica que a sua capacidade absortiva está esgotada. Podemos também ter alguns sinais clínicos de que a capacidade absortiva acabou:
- Aumento da frequência respiratória, se não estiver sido utilizado relaxante muscular.
- Aumento, inicialmente, da pressão arterial e da frequência cardíaca e posteriormente decréscimo das duas.
- Aumento do drive simpático e com isso podemos ter: sudorese, taquiarritmia, estado hipermetabólico.
- Acidose respiratória.
- Aumento do sangramento causado pela hipertensão que pode ocorrer.
Tomar cuidado, pois se ficar por um tempo ser ser utilizada, a cal que estava violeta pode voltar a ficar branca, porém a sua capacidade absortiva está esgotada.
INTERAÇÕES COM OS ANESTÉSICOS INALATÓRIOS:
O sevoflurano, em interação com o absorvedor, pode gerar um produto chamado de composto A, que pode ser nefrotóxico. Temos alguns fatores que podem aumentar a produção desse composto, que são: ▪ Baixo fluxo ou circuito fechado.
- Baixo fluxo ou circuito fechado.
- Uso de cal baritada.
- Altas concentrações de sevoflurano no circuito.
- Alta temperatura do absorvedor.
Proveniente da interação dos inalatórios com o absorvedor, podemos ter a formação de monóxido de carbono. Em alguns casos pode-se atingir um nível de carboxihemoglobina de 35% ou mais. Isso também pode interferir com a monitorização da oximetria de pulso. Fatores que ressecam o absorvedor e que causam maior propensão a formação de monóxido de carbono são:
- Contato prolongado entre absorvedor e anestésicos.
- Depois do desuso do absorvedor, especialmente se igual ou maior a 2 dias (tomar cuidado quando o aparelho de anestesia fica desligado no final de semana e é utilizado sem ser trocada a cal na segunda-feira).
Outros fatores que podem causar aumento do monóxido de carbono e elevar o nível sanguíneo de carboxihemoglobina são:
- O tipo de anestésico inalatório utilizado, sendo em ordem decrescente os que mais podem produzir: desflurano, enflurano, isoflurano, halotano = sevoflurano.
- O tipo de material utilizado como absorvedor, sendo a cal baritada a que mais produz.
- Aumento da temperatura aumenta a produção.
- Concentrações mais altas de anestésicos.
- Baixas taxas de fluxo de gás fresco.
O sevoflurano, como citado antes, em reação com a cal pode produzir fogo e isso pode ocorrer com maior facilidade se utilizado a cal baritada.
REFERÊNCIAS
- Riutort TK, Brockwell RC, Brull SJ, Andrews JJ – The Anesthesia Workstation and Delivery Systems, th em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK, Cahalan MK, Stock MC – Clinical Anesthesia, 6 ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2009; 644-694.
- Brockwell RC, Andrews JJ – Inhaled Anesthetic Delivery, em: Miller RD, Eriksson LI, Fleisher LA, Wiener-Kronish JP, Young WL – Miller’s Anesthesia, 7th Ed, Philadelphia, 2010; 667-718.
RESPOSTAS DA AUTO-AVALIAÇÃO
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- F
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- V
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